Como explicar o que sinto sem que pense coisas que não quero que pense sobre mim? O que me preocupa não é o pensamento e sim a distância que pode passar a ser mais do que a distância física. O que dizer quando estou longe e posso sentir que está perto? O que posso te escrever sobre essa loucura de não te saber quando você surge como o estranho que conheço e que me lê nas entrelinhas? Eu te entendo. Acho que entendo. Compartilho da mesma cafonice bamba, de suspiros quase adolescentes, de crenças quase impossíveis. Desse gostoso vicio de te sonhar acordado em todos os lugares, em todos os momentos e assim te ter ao meu lado por dias, por todos os dias, nas idas sem vindas. Nas idas e apenas idas. Eu já esqueci do gosto doce do suco da uva e desde semana passada, algo parece focado quando tudo dizia que o viver é uma seqüência do querer desfocado, enganações, fugas por labirintos sem fim onde não se cobra nada e nada se tem. Não é mais um. É o que me desperta quando todos dormem. Uma razão boa, motivo de sorrisos quando acordo e da mesma forma quando me deito. É a alegria que não posso tocar, que está longe e que me fascina por isso. Por me tocar, por me encantar, quando tudo aqui perdeu a graça, onde os braços ficaram curtos e os corações apertados para me acomodar. E nesses dias onde só se crê no que se pode ver eu vejo você, nos sonhos que quero ouvir e na mão que posso tocar. Não seremos mais estranhos e ainda assim podemos ser eternos desconhecidos que se conhecem como ninguém.
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Um comentário:
OK. Não seremos mais estranhos. Beijos. G.
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