O infinito daquele azul não me diz mais nada. Vontades sufocadas, escadas que não consigo alcançar, a inquietude que não termina. Elogiaram a minha intuição e mesmo sabendo de toda sua funcionalidade, algo engasgou no peito. Alguém soque as minhas costas, arrebente meus músculos tensos, faça sair de mim essa coisa que não é de mim. Faça sumir esse desespero plástico, essa lágrima que tende a conhecer a pele fria e triste. O riso sai desistindo, arrependido de não ter sido o riso que se esperava. Mergulhado em caricaturas, em sonhos que não os seus, em palavras recortadas e picotadas, imagino a projeção de dias que virão. E entre o que não devo pensar e o que quero que aconteça, me perco nessa luta de lutar todo dia contra os fantasmas, os medos, os velhos medos, os mesmo medos. E no silêncio, estranho silêncio que quero rompido, nas surpresas que deveriam surgir, eu agora mais espero do que vivo. Esperar não é viver, mas por vezes é preciso esperar para viver o que sonhei.
31.10.06
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