5.9.06

Arranhando azulejos

Uma forma de não pensar é pensar sobre o nada. Quando fico cansado, como ontem, não me mexo enquanto durmo. Então eu sei que estava cansado pois acordo com o cabelo amassado só de um lado. Já não sei mais do meu cansaço. Eu fico ali, olhando os azulejos, brincando como se eles fossem quarteirões de uma cidade, que aquela faixa de cimento ou massa ou sei lá o que entre eles são ruas dessa cidade. Sou um gigante admirando minha cidade bem projetada, com ruas bem retas e quarteirões todos do mesmo tamanho. É o que faço muitas vezes. Desvio pensamentos. Penso menos nas coisas que preocupam ou nas que podem me preocupar um dia. Tanta gente sofrendo por amor à minha volta, outros tantos experimentando as primeiras sensações próprias dos apaixonados e eu lá, entre eles todos e os azulejos. Eu gostaria que ele me quisesse. Eu queria que ele esquecesse seus fantasmas. Queria que a surpresa fosse mais que um roteiro. Mas acho que tudo isso é querer demais e aprendi a querer menos agora. Prefiro aceitar como for. Sei das limitações que não são limitações pra mim, mas não posso querer que todos brinquem com azulejos como eu. Não sei mais quanto tempo terei que esperar. Tá frio incrível, você está faltando em todos os lados e já não sei que placa seguir. Acho que vou ver o mar, sentir a areia, ficar horas deixando o mar me levar pra depois me vomitar de volta. Vou lá me despedir de algo que não terei mais. Vou até lá pra isso, pra fazer do feriado um ritual de passagem. Road Movie! Não me importo. Um dia acontece. Um dia acontece. Eu espero. Te espero.

Um comentário:

Anônimo disse...

noooooooooossa
DEMAISSS!!!
assim ñ tem como..Vou ter q adaptar isso aí d novo e dessa vez vai direto pro culpado dessa insônia maldita(sempre eles..)
heheheheh
bjuxxxx

obs.:óooo..num é perseguição não heeinnn!!Só descobri esse blog aki e (não sei se felizmente ou infelizmente)rolou A identificação imediata...devo voltar mas sem pensamentos obsessivos ok??=)
huahauahau