Ainda pude ver o ônibus amarelo da passarela. Acenei um “até logo” sem que pudesse me ver. Certo seria gritar para que pudesse me ouvir. Certo seria ter um abridor de latas gigante e assim rasgar o teto do ônibus para dizer a saudade que já existia naqueles poucos momentos. E assim a presença foi virando lembrança. Lembrança de gosto gostoso de saliva. Lembrança de duas sombras idênticas, que caminham lado a lado, quase como se fugissem do mesmo ventre.
E um a um, os homens e mulheres desse lado garoado, reverenciavam o ônibus amarelo. Há nele a cura para males ditos como incuráveis. Sobre aquelas rodas, para além das coisas cinzas, o sonho já muito sonhado, teve de partir para o seu mundo ensolarado. Como dizer de sonhos, não se pode sonhar se o sonho está ali dividindo o mesmo travesseiro. Não há sonho quando se abraça o sonho, quando se pode olhar dentro dos seus olhos e ver a paz.
E um coração tranqüilo, que ama na mesma mão, bate com saudade, mas bate feliz ao saber que um dia o ônibus amarelo irá voltar. Nesse dia, pobres imundos das coisas cinzas irão reverenciar novamente aqueles momentos e quem sabe, não apenas sonhar.
E um a um, os homens e mulheres desse lado garoado, reverenciavam o ônibus amarelo. Há nele a cura para males ditos como incuráveis. Sobre aquelas rodas, para além das coisas cinzas, o sonho já muito sonhado, teve de partir para o seu mundo ensolarado. Como dizer de sonhos, não se pode sonhar se o sonho está ali dividindo o mesmo travesseiro. Não há sonho quando se abraça o sonho, quando se pode olhar dentro dos seus olhos e ver a paz.
E um coração tranqüilo, que ama na mesma mão, bate com saudade, mas bate feliz ao saber que um dia o ônibus amarelo irá voltar. Nesse dia, pobres imundos das coisas cinzas irão reverenciar novamente aqueles momentos e quem sabe, não apenas sonhar.
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