2.7.06

Me and You and Everyone We Know


Inventando e desinventando. Essa coisa de viver um dia após o outro é realmente coisa bem divertida. Antes escrevia com certa antecedência exagerada as cenas que são melhores de serem vividas na surpresa que elas nos guardam. Planejar demais, demasiadamente o passo seguinte pode se tornar uma tarefa chata, penosa e pouco eficiente. A graça de acordar com remela nos olhos e bafo de urubu é essa coisa estranha de ser surpreendido. De se surpreender com pequenos detalhes, frases picotadas, contatos inusitados e outras delicadezas.
Me dedico a isso. Gosto de coisas consertáveis. Mas nem tudo pode ser consertado. Vamos então remendando essa parte naquela outra de lá e está tudo certo. Se descolar, cola de novo e volta a colar se insistir em desprender. Não combina mais comigo não aceitar. Então agora sou a revolta avessa. Sem conformismos, frases compradas ou picuinhas baratas. Aceita e pronto. Não me preocupo o que vão pensar, o que dirão e se seria ainda mais maldito. Foge pra longe esses medos tolos todos. E ainda que me venha com desculpas tardias, irei aceitá-las, está aqui a força cósmica da compreensão. É careta assim mesmo. Sem fundo religioso, essa fantasia ainda não combina com o meu sorriso. Esqueça os detalhes e esquecerei de consertar o que não se conserta. Ontem eu pude ser ainda mais feliz. Ele sorriu e entendeu dos pequenos detalhes. É mais que uma companhia agradável. É um desejo bem desejado. Olhar sincero e coração aberto. Gosto dele por isso. É daqueles poucos, raros que abrem o coração sem medo de futuras invasões. Não fica pingando, inventando, dilacerando o mais belo que temos que são os momentos únicos que passamos com pessoas que nos fazem bem.
Luas atrás seria demais pensar tudo isso. As impressões deixam de ser impressões e passam a ser coisa real. Número pra ligar, cartas pra trocar, estimulo pra escrever. Quantos irão me ler? Eu sei que estão ai, agora sei de vocês. É tempo de fazer amigos, então me façam de amigo e irei retribuir com palavrinhas verdadeiras. E ele compartilhou comigo a emoção de chorar com o peixinho dourado no capô do carro, na inocência das pessoas pequeninas que nos emociona por nos lembrar quem deixamos de ser. Mas ele é como eu, e ele há de preservar essa parte que sonhamos um dia esconder. Ele há de ser um pouco criança e agir como tal. É melhor que seja assim.E tudo termina com a reunião de vampiros, anjos, abiscoitos e estranhos conhecidos. Um certo desconforto, mas ele estava ao meu lado. E depois de tantas teorias vomitadas, em minhas loucuras todas, e depois de falar da solidão e dessa coisa toda de estar só, ele sorriu e vi que não se pode estar sozinho ao seu lado. Eu, você e todos nós.

Um comentário:

Anônimo disse...

Voce mesmo explica todos os porques que te amo.
Explicou mais uma vez.

E te amo mais uma vez!

ETN

Meu Beijo
Ri.