4.7.06

Pela libertação dos peixinhos dourados

Quero alguém que me ajude a libertar todos os peixinhos dourados. Seremos o terror de garotinhas mimadas que por falta de amigos cria peixinhos dourados. E estou pouco me importando, caso isso vire campanha nacional, que todos os donos dessas lojas que vendem peixes me processem. Incriminei os despertadores e nada de mal me aconteceu.
Eu quero alguém que vire o dia comigo em conversas doidas e sem fim. Que fale pelos cotovelos e que me ouça da mesma forma. Alguém com opinião própria, jeito único de falar, arrogância comedida e que não limita a expressão pela fala errada, quase quebrada ou pelo vocabulário apertado.
Eu poderia fazer coisas mágicas e terríveis com alguém do meu lado. Posso insistir que o homem não foi na Lua, ver todo mundo irritado e me achando um boboca, não importa, comam torta. Não tenho problema com a língua solta, abra a boca e fale tudo, seja apenas sincero. Eu seria mais alegre e todo dia seria eu, até mesmo em difíceis entrevistas. Seria eu até quando pedem que não sejamos nós. Já que sou teimoso e que isso não vai mudar e que se mudar ainda serei teimoso a outros olhos, então vou teimar. Sorrir quando dizeres não e dizer não quando sorrires pra mim. Mentira. Vou acabar dizendo sim. Eu sou um teimoso coração mole.
E nesses dias “feliz”, o alguém será uma razão a mais. É, porque já tenho várias razões pra me matar naquela água toda. Tenho todos os motivos do mundo pra me sentir assim, um bobo. Não é correto na maioria das vezes, mas devo ser ainda mais sincero. Vou insistir nisso até o fim. Hei de ganhar o terceiro lugar pelo menos. Bronze já tá valendo.
Hoje é mais fácil aceitar. Bota uma música meio triste meio alegre qualquer, imagina a cena do adeus, bem clichê só pra pisar na jaca de vez e pronto! Está aceita a perda. Assim ganho e vivo mais um dia. E abro espaço, limpo armários em meio peito para os novos que vão chegar. Alguém?

Um comentário:

Anônimo disse...

me?!