O olhar que sempre procurei. Sem palavras, em segundos. Em segundos de segundos apareceu. O olhar que me procurava. Em tempos já esperava. Um piscar no sopro da alma. O destino e sua mão calma. Agir em nossas vidas. Apagando algumas das feridas. Deixadas pelo caminho enfrentado. De tempos em tempos. Havia momentos em que chegamos. Em algum lugar acreditando. Que um olhar era o encontrar. Que era só o coração disparar e sentir. O sentimento que em fim iria permitir. O nascer da verdade e da vontade. O olhar que eu não conhecia. Dentro de mim já existia. Era meu amigo invisível. O batimento mais forte. Que meu corpo, na direção do norte. Por sorte, em sul, em leste, sempre quiseste. Em oeste, sem direções sempre perdido. E achado no infinito do coração teimoso. Da invenção já inventada no dia caloroso.
2.4.06
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