2.4.06

Guardado Aguardado em velhos Guardanapos

É assim que ele se sentia. Guardado Aguardado em velhos Guardanapos. Assim como os telefones anotados à caneta de bar, sujo de amarga água, amarga magóa e indesejável esperança. Esquecido por si mesmo. "Onde estará?" Nas caixas de sapato, nos envelopes, atrás da geladeira (lá é quentinho, sobretudo nesses dias de frio), na fronha do travesseiro, no fundo do pote de farinha de trigo, no curta exibido no circuito? Estará ele perdido naquela esquina, rindo à beira da piscina, blasfemando contra a vida, se encantando com meninas? Se todos os nossos sonhos fossem como sonhos de padaria, que sonhos compraria? Ele voltou. Ele e suas borboletas azuis. O Anjo Caído está de volta, e agora abre as portas do seu Apartamento Azul, seus "tristes dias", a subjetividade, o desejo por Sigur Rós, Björk, Sade, Morcheeba, Sting, Dido, Renato Russo, Moby, Smashing Pumpinks e todos aqueles que o carregam em suas melodias. Bota uma bossa-lounge, enche a taça de falta uma, ooops, Fanta Uva e brinda a volta daquele que nunca partiu. Ele não sabia que se amava tanto... nem eu.

Nenhum comentário: