8.4.06

Quando te vi chorar

Não há lágrima doce. Não há perigo em seu olhar. Eu já me convenci que a terra é azul como o céu daquele domingo. Se eu partir não chore não, é só mais um dia e eu gosto de partir.
Eu moro em várias partes, você vem, você vai, e tudo estará em nosso sagrado lugar. O nosso riso tem a alegria dos alegres e nossas palavras voam juntas felizes fascinando os afastados de si, de você e de mim.
Não caíra no esquecimento. Não se apaga o beijo bem dado e o seu olhar calmo. Há retalhos arrancados de mim. Pedaços de vultos e de saudades com nomes e metades que levam o melhor de mim.
Você sabe muito bem. Não há lágrima doce. Não fique triste assim. Sorria, não é a fim. Roteiro é assim. As palavras levam e traz. Não fique triste e sorria pra mim. Eu tenho canções e coisas pra te alegrar. Só que moro em muitas curvas e isso conforta.A chuva lá fora é só um detalhe a mais. Não tem nada a ver com lágrimas. Partidas são o principio das voltas. Não chore. Eu quero o abraço e as luzes quando voltar. E eu volto, com balas, chuvas, lágrimas. Mesmo que não sejam lágrimas doces.

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